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Os chefs Rodrigo Bellora e Ricardo Dornelles pegam a estrada no próximo dia 20, dando início à segunda etapa da expedição Cozinha de Natureza, desta vez com destino ao Pampa Gaúcho. Em abril, estiveram desbravando o Mar de Dentro, litoral lagunar do Rio Grande do Sul. A nova etapa terá como destino as cidades de Bagé, Dom Pedrito, Santana do Livramento, Uruguaiana e Alegrete.
Durante a viagem, serão recebidos por fazendeiros, vinícolas, agroindústrias e pequenos produtores, quando vão mapear e garimpar insumos típicos da região, como o butiá, os queijos artesanais, os vinhos, os azeites da Campanha, as carnes de gado e cordeiro, o charque.
Como resultado da expedição ao Pampa, será realizado no próximo dia 25, no Instituto Ling, em Porto Alegre, um Jantar Cultural, com um menu em etapas, harmonizado, utilizando as técnicas e os ingredientes frescos coletados durante a viagem. Para o preparo do jantar, os chefs Bellora e Dornelles contarão com três chefs convidados; Jorge Curi, Julia Fraguas e Fabrício Goulart, que também integram essa etapa da expedição.
O objetivo do projeto vai muito além da descoberta e da valorização da cultura do Pampa. A ideia é dar destaque aos ingredientes e à culinária local, fortalecendo a identidade, aumentando a renda e a visibilidade dos produtores do Rio Grande do Sul e inspirando
pratos novos, além de promover uma experiência única aos participantes do jantar que vão descobrir, em primeira mão, os sabores encontrados.
Os ingressos para o jantar podem ser adquiridos no site www.institutoling.org.br
O antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que sediará a 32ª CASACOR RS, recebeu a visita de arquitetos, designers e imprensa no início do mês de outubro para o tradicional Open House. O encontro, que reuniu cerca de 100 profissionais interessados em participar da mostra, apresentou o projeto, o conceito e os espaços que serão transformados em 40 ambientes.
Originalmente planejada para acontecer em setembro deste ano, a mostra foi remarcada para o final de abril de 2025, em decorrência das catástrofes climáticas no sul do Brasil. Localizado em uma das áreas mais afetadas pela enchente, o prédio já está com as obras da CASACOR RS em andamento, para garantir a reestruturação necessária à realização do evento.
Em uma área total de 5.400 m² no andar térreo da construção de 1953, o projeto da mostra com 40 ambientes e inclui restaurante, lojas, cafeterias e galerias de arte e design, para atender ao público durante os dois meses de duração. Além de revitalizar o prédio icônico e apresentar as criações e tendências destacadas por grandes profissionais e empresas dos setores de construção, decoração e paisagismo, o evento movimentará a economia regional e o setor de eventos.
“A CASACOR RS 2025 acontecerá em um prédio singular que, além de um símbolo da retomada após a enchente, resgata a memória afetiva de muitos gaúchos. Além da ampla estrutura, a construção oferece inúmeras possibilidades de criação e acrescenta ao calendário cultural do Rio Grande do Sul uma opção de entretenimento, movimentando o mercado de eventos, fortemente impactado neste ano”, explica a diretora da mostra no RS, Karina Capaverde.
O Parque Bondinhos Canela terá mais uma novidade para quem busca aventura e contato com a natureza, o Aerozuum. A novidade tem cadeiras individuais suspensas em trilhos que percorrem uma distância de 455 metros, proporcionado emoção e uma experiência imersiva na paisagem natural da Serra Gaúcha. Com capacidade para até 500 pessoas por hora, a atração deve ser apresentada ao público no final de 2024.
“O Aerozuum foi projetado para os amantes de diversão, aventura, e valorização da natureza, permitindo ao público vivenciar momentos de harmonia com as belezas naturais que circundam o parque”, explica a gerente do Bondinhos Canela, Janice Iparraguire.
Com o lançamento, o Parque reforça seu mix de experiências. Além do Aerozuum, os visitantes podem explorar os bondinhos – com vista exclusiva para a Cascata do Caracol –, a Eagle, que simula o voo de uma águia, a trilha e atividades da Estação Animal.
A arte chega à mesa pelas mãos de David Rivillo e suas massas coloridas. Mais conhecido no exterior, para onde as exporta, do que no Brasil, apesar de morar em Porto Alegre, ele já foi tema de reportagens no La Vanguardia, na Espanha, e no New York Times. A beleza das massas chamou atenção do jornal espanhol, que definiu o trabalho de Rivillo como: “Os raviólis e espaguettis mais bonitos do mundo (e sim, se pode comer)”.
O químico venezuelano veio para o Brasil como pesquisador contratado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, durante a pandemia, quando as atividades da Universidade estiveram paradas, começou a dedicar-se a outro de seus interesses: a gastronomia. Estudou um pouco sobre pães e macarons, mas foi com as massas que veio a se tornar um sucesso nas redes socais. Depois de muita pesquisa sobre a ciência dos corantes e alimentos naturais e muitas experiências, chegou a verdadeiras obras de arte que o definem como um pasta designer. Aliás, a primeira criação foi um tributo à arte de Carlos Cruz Diez, artista que criou o painel do Aeroporto Internacional Simon Bolívar, na Venezuela, e de quem sempre foi admirador.
As massas, para Rivillo, funcionam como tela. É por meio das cores que combina e dos desenhos que cria que as eleva à categoria de arte, sem concorrentes no mundo. Para exportá-las, se dedicou às massas secas. Mas, no momento, está desenvolvendo as frescas e recheadas com padrões inusitados, que mesclam inspirações na natureza, na moda e na arquitetura.
Gourmets, cozinheiros e restaurantes podem fazer, literalmente, bonito, ao apresentar pratos com o colorido das massas de Rivillo, pois elas mantêm a cor mesmo depois do cozimento. O restaurante Antuérpia, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, tem dois pratos com essas massas no cardápio.
Antônio Costaguta, o El Topador, faz parte de uma nova geração de assadores. E não só entende do riscado como trouxe toques contemporâneos para a arte de preparar o churrasco, numa terra em que há quem acredite que o simples fato de ter nascido no Rio Grande do Sul faz dos gaúchos especialistas, como uma herança genética.
Publicitário, nascido em Sant’Ana do Livramento, na divisa com o Uruguai, desde guri teve conexão com o fogo, na Estância Santa Fé, do avô Heitor, na localidade de Cerros Verdes. Logo percebeu que, apesar de o churrasco ser tradição para os gaúchos, faltava um serviço diferenciado de assados que despertasse o interesse das pessoas em participar de um evento gastronômico com esse foco. E estava certo.
Antes de se lançar a essa tarefa, no entanto, foi aperfeiçoar os conhecimentos. Obteve diploma na Escuela de Parrilleros, em Buenos Aires, e frequentou a MasterClass Los Siete Fuegos, de Francis Mallmann. A partir daí, uniu a tradição do mundo rural e campeiro à forma moderna, contemporânea de preparar a carne, tornando-se o El Topador, um assador profissional de respeito. Os eventos em que o churrasco é a estrela se tornaram um sucesso. E Costaguta acabou descobrindo que havia um grande número de pessoas que queria aprender maneiras diferentes de aprimorar a forma de assar e depois degustar os preparos em um jantar.
O Rancho Tabacaray, na propriedade erguida no início do século 20 pelo imigrante italiano Vicente Monteggia, na Zona Sul de Porto Alegre, é hoje palco para cursos, oficinas, workshops e um programa de TV, sempre com o tema churrasco. Costaguta é um artista multiplataforma, com inúmeros projetos em várias frentes, como produção cultural, consultorias, festivais, restaurante, colabs, sempre unindo churrasco e cultura.
Porto Alegre ganhou um novo sabor diretamente das ruas de Tóquio: sanduíches japoneses. A Sando, localizada na Galeria Moinhos de Vento, é um empreendimento inovador que traz para a capital gaúcha uma faceta pouco explorada da gastronomia japonesa.
Especializada nos tradicionais “sandôs”, a Sando é a realização do sonho de Letícia Sato, descendente de japoneses, e de seu marido, Gustavo Igor. Inspirados por uma viagem ao Japão, o casal decidiu abrir a loja para apresentar ao público porto-alegrense o katsu sando – um sanduíche de filé de porco empanado, conhecido como tonkatsu, servido no fofinho shokupan, o pão de leite japonês.
A Sando não apenas reproduz as receitas tradicionais japonesas, mas também imprime sua personalidade em cada preparo. Além do katsu sando, o cardápio oferece outras quatro versões salgadas, duas opções doces com frutas e sorvete, e deliciosas entradas perfeitas para compartilhar. Para beber, os clientes podem saborear cervejas artesanais da Japas Cervejaria, uma marca desenvolvida por quatro mulheres nipo-brasileiras com ingredientes bem inusitados.
O conceito da Sando é simples, os pedidos são feitos no balcão, e os clientes podem desfrutar das delícias nas charmosas mesinhas da rua. Todos os pratos são preparados na hora, garantindo frescor e sabor autêntico.
A enóloga e arquiteta Andrea Trentin e a mãe, a RP Marli Trentin, fizeram de uma curiosa história familiar envolvendo a uva Cabernet Franc a inspiração para lançar sua própria marca de vinhos: Ela Franc. O projeto resgata a uva símbolo dos primórdios da produção vitivinícola no Rio Grande do Sul e a torna o centro da criação de produtos com o varietal.
A história passa por vinhos obtidos pela familia Trentin, de Caxias do Sul (RS), quando houve a demolição do prédio da antiga Cooperativa Sociedade Vinícola Riograndense, fundada em 1929 e falida em 1997. Marli era dona de um antiquário, à época da falência da cooperativa, e tinha planos de decorar um ambiente com as garrafas que encontrou na demolição, mas nunca os realizou. Quando era estudante de enologia, a filha Andrea foi conferir de perto o antigo acervo, conservado em um depósito, e encontrou uma pequena parte ainda contendo vinhos vivos de safras dos anos 1950 da Cabernet Franc. Um tesouro! Foi quando surgiu a ideia.
“Decidimos criar vinhos que trouxessem essa antiga uva à cena 70 anos depois, revelando toda a sua potência e vibração”, conta a enóloga. Apaixonada pelo varietal, Andrea passou a dedicar sua formação em Enologia, onde agora é mestranda, e sua experiência profissional no mercado vitivinícola para desenvolver o projeto Ela Franc. “Nosso objetivo é apresentar produtos que destaquem os atributos da Cabernet Franc nos vinhos: estrutura, presença marcante e delicada”, explica. Andrea ressalta também os aromas de frutas negras, ainda frescas, e a coloração rubi, iluminada e límpida, como atrativos da uva. Nos estudos que estão realizando, Andrea e Marli vêm identificando a expansão da Cabernet Franc por diferentes terroirs – a uva floresce na Chapada Diamantina, em solo mineiro, paulista e no planalto central.
Recém-lançada, a marca está comercializando, inicialmente, garrafas das safras 2021, vinhos amadeirados oito meses em barricas de carvalho francês. Enquanto isso, as safras 2022, 2023 e 2024 estão sendo trabalhadas. A proposta é evidenciar todo o potencial do varietal formando portifólio com uma diversidade de experiências Ela Franc: tintos, rosés, espumantes, vinhos fortificados e destilados, cortes distintos e diferentes procedências.
De volta ao Rio Grande do Sul, o Gastronômade promove a experiência itinerante que celebra produtos e produtores locais em sabores da alta gastronomia. A próxima edição acontecerá dia 13 de outubro, domingo, na bela propriedade de produção vinícola Casacorba, em Nova Roma do Sul (RS). O chef que irá assinar a criação gastronômica neste dia é Rodrigo Bellora, que é também consultor do restaurante da vinícola.
Rodrigo é agricultor e pesquisador dos ingredientes como protagonistas em sua culinária e tem formação em Turismo e Gestão de Negócios. Entusiasta do movimento Slow Food, em seus restaurantes – Valle Rústico, no Vale dos Vinhedos, Tubuna-Cultura Gastronômica, em Bento Gonçalves, e Apino, também no Vale –, ele aplica o conceito de cozinha de natureza, em que utiliza ingredientes locais e sazonais nos menus e preparos, proporcionando um ecossistema positivo junto aos pequenos produtores.
A Casacorba é uma propriedade a 700m de altitude, na Serra Gaúcha, onde são produzidos os vinhos que vão harmonizar com as criações do chef. A Casacorba também produz grappa, cachaças, suco de uva e azeite. Um tour na propriedade e a degustação dos produtos fazem parte do programa.
“Queremos criar memórias inesquecíveis”, descreve Renata Runge, quem criou o projeto e a marca, há 12 anos, para celebrar a produção e criação brasileiras junto ao seu ambiente: a natureza.
Experiência Gastronômade RS
Domingo, 13 de outubro de 2024, 12h30
Vinícola Casacorba – Linha Blesmann, 318
Nova Roma do Sul (RS)
Ingressos à venda no site www.gastronomade.com.br
@gastronomadebrasil