O pãozinho de Santo Antônio, depois de abençoado, pode ser comido ou, segundo a tradição, guardado em casa para atrair fartura, se guardado junto ao arroz, ao feijão ou a outros alimentos, como farinha de trigo.
Eternos apaixonados, em busca de novos amores, de futuro casamento ou de uma reconciliação, têm o mês de junho como uma grande esperança. Afinal, o dia 13 deste mês é dedicado a Santo Antônio, considerado pela cultura popular como o santo casamenteiro. Já a igreja católica o apresenta como o protetor dos pobres e, no dia dedicado a ele, oferece pães bentos, em sua homenagem.
A distribuição dos pãezinhos pelas igrejas dedicadas ao santo segue uma tradição que atrai um grande número de fiéis. Em todas as imagens, Santo Antônio traz ao colo o Menino Jesus e, em algumas delas, em uma das mãos o pão.
Tudo porque, conta a liturgia católica, alguns pobres teriam batido à porta do convento onde se encontrava Santo Antônio. Estavam famintos e queriam pão. O cozinheiro teria dito que não poderia atender ao pedido porque faltaria para a refeição dos frades. Santo Antônio teria ouvido a conversa e dito: “Dê pão aos pobres, que Deus proverá”. Eles mataram a fome e foram embora. Ao entrarem no refeitório, os frades teriam encontrado uma cesta repleta de pães. O milagre, então, teria sido atribuído a Santo Antônio.
Frade agostiniano, grande estudioso e pregador, nasceu em Lisboa, em Portugal, em 15 de agosto de 1195 e foi batizado Fernando. Dedicou sua vida aos pobres.
Foi canonizado pelo papa Gregório IX e se tornou santo em 30 de maio de 1232. A data de 13 de junho faz referência ao dia, em 1231, em que ele morreu, em Pádua, na Itália.
Simpatias com o santo
- Para que Santo Antônio atenda aos pedidos, há quem retire o Menino Jesus da imagem até a graça ser alcançada.
- Outros mergulham a imagem, de cabeça para baixo, em um copo d’água.
- A simpatia de virar a imagem de cabeça para baixo teria surgido porque uma mulher, cansada de pedir ao santo por um marido, teria jogado a imagem pela janela. A imagem teria atingido na cabeça um soldado que passava. O resultado é que ele teria se apaixonado pela mulher e teriam se casado.
- Os menos radicais costumam amarrar uma fita branca em volta da imagem do santo, no dia 13 de junho, e fazer seus pedidos.
Em algumas igrejas, em lugar do pãozinho é servido um bolo. Os confeiteiros costumam distribuir pequenas medalhas na massa. Acredita-se que a pessoa que achar a medalha em sua fatia terá sorte no amor ou se casará logo.
Saiba mais
- O mês de junho é também dedicado a dois outros santos: São João (dia 24) e São Pedro (dia 29). O começo das Festas Juninas no Brasil remonta ao século 16. Eram bastante populares na Península Ibérica (Portugal e Espanha) e foram trazidas para cá pelos portugueses durante a colonização. Inicialmente, tinham um forte tom religioso, conotação que se perdeu em parte, uma vez que são vistas por muitos mais como festividade popular do que religiosa. No Brasil, principalmente no Nordeste, as festas juninas são muito importantes –pelas brincadeiras, quadrilhas e gastronomia.
- Quando introduzida no Brasil, a festa era conhecida como Festa Joanina, em referência a São João, mas, ao longo dos anos, teve o nome alterado para Festa Junina, em referência ao mês no qual ocorre, junho.
