Você, leitor, assim como eu, certamente já se questionou (talvez entre muitas coisas) sobre por que determinadas situações simplesmente não dão certo.
Você se dedica incansavelmente para suas provas, mas o resultado nunca é o que você gostaria. Você faz inúmeras especializações, buscando um melhor posicionamento no seu trabalho, mas ele simplesmente não vem. Você procura ser a melhor pessoa dentro de uma relação, mas simplesmente não se sente amado o bastante para acreditar que seja especial.
E daí as perguntas começam a surgir: “Mas o que eu estou fazendo de errado?”.
Ainda que pudéssemos vasculhar milhares de possibilidades para responder a essas perguntas, certamente nenhuma delas seria o suficiente para agradar às suas possíveis frustrações. E muitos de nós simplesmente vivem de duas maneiras: ou aceitamos o fato de que parece que em nossa vida nada muda ou dá realmente certo; ou buscamos meios e métodos para que algo mude e nos traga os resultados que queremos.
A primeira maneira é a mais fácil. Afinal, se eu já pareço dar o meu máximo em tudo o que eu faço e nunca é suficiente, por que me esforçar mais ou correr atrás de incertezas se só o que a vida me apresenta é mais do mesmo, não é?
Zona de conforto não tem esse nome à toa. Ela nos paralisa, nos acomoda e, no fim, só aumenta ainda mais as nossas sensações de sofrimento, por nunca acharmos que merecemos o melhor. E, de certa forma, também não nos movemos para fazer com que as coisas sejam diferentes.
A segunda maneira é que requer esforço. Requer questionamentos internos. Requer coragem. Requer mudanças! E muitos de nós estão tão cansados vivendo o básico que ter coragem parece algo muito distante. Porém, é quando nos damos uns chacoalhões ou recorremos a formas de instigar um novo movimento em nossa vida que as coisas meio automaticamente vão se modificando. Você passa a achar que está com mais sorte. Passa a acreditar que haja chances de as coisas serem diferentes para você. E isso te inspira a seguir na direção da mudança que, inevitavelmente, trará as recompensas.
Basicamente, por vivermos num mundo dual, as duas únicas opções que temos para nos sentirmos merecedores da vida que queremos ter depende de uma coisa apenas: sua escolha!
A partir do momento em que você escolhe fazer algo diferente, seja em qual área da vida isso te pedir, tudo o que você sempre quis e desejou parecerá estar mais próximo do seu alcance. Escolher é o que torna seu livre-arbítrio uma dádiva ou um martírio. Importando pouco a consequência das escolhas, você estará vivendo exatamente aquilo que veio destinado a viver. Mesmo que desejasse ter outra situação ou outras respostas da vida, a partir da sua decisão virão as consequências. E sendo elas boas ou ruins, se tornarão as experiências que você precisa ter.
Dessa forma, nós somos sempre merecedores do que estamos vivendo. Podemos mudar? Sim. E devemos. Devemos mudar tudo o tempo todo. A forma, a maneira, a atitude, a energia, a comunicação, os desejos. Quanto mais enxergamos onde as coisas não estão fluindo ou estão apenas se repetindo em looping, te fazendo parecer voltar sempre pro mesmo lugar e pros mesmos resultados, esta será a melhor hora para você respirar, aquietar e se questionar: “O que eu posso fazer diferente, para, então, ter resultados diferentes?”. Soa clichê, mas no fim é exatamente assim.
A gente só quebra um padrão de repetição de comportamento quando, enfim, nos conscientizamos de que fazer sempre tudo do mesmo jeito, esperando efetivamente ter retornos diferentes, nunca dará certo. Talvez precisemos repetir mais de uma vez tudo, até mesmo os erros, para nos darmos conta de o que exatamente temos que mudar. Mas no momento em que a ficha cair, corre da zona de conforto! O mais longe e rápido que conseguir. Só assim você vai olhar para o que tem e vai entender que sempre foi merecedor de tudo o que recebeu.
Celso Gutfreind
Às vezes, pode vir um verso e, como uma fagulha, acende algo em nós. Ou, em vez dele, uma imagem sem palavras, uma canção, um único acorde dela. E